As 5 empresas que dominarão o Brasil até 2030

Por Theo Braga

Da mobilidade digital à revolução financeira, cinco companhias que unem tecnologia, escala e narrativa de marca estão desenhando o futuro do consumo e dos serviços no Brasil.

5 de set. de 2025

A Nova Economia está redefinindo o jogo. As empresas que combinam tecnologia, distribuição e modelo de negócios escalável estão substituindo gigantes tradicionais. Essas são as cinco apostas que devem liderar o Brasil até 2030. 

5. 99

Principal aplicativo de transporte do país, a 99 se consolida como peça essencial da vida urbana brasileira. A retomada do 99 Food sinaliza a busca por diversificação e integração de serviços, reforçando a estratégia de ser mais que um app de corrida. Em um Brasil cada vez mais urbano e acelerado, a 99 surfa na preferência das novas gerações, que priorizam mobilidade em vez de posse de veículos, e se posiciona como protagonista de uma economia on-demand. A empresa avança também em iniciativas de sustentabilidade, com investimentos em eletrificação da frota e parcerias com motoristas para incentivar veículos híbridos e elétricos.

4. Embraer

A Embraer não é apenas uma fabricante de aviões: é símbolo da engenharia nacional e referência global em inovação. Reconhecida por seus jatos regionais, a companhia agora mira o futuro da mobilidade com o desenvolvimento de eVTOLs (veículos elétricos de decolagem e pouso vertical). O projeto, liderado pela subsidiária Eve Air Mobility, já atrai investimentos e encomendas de peso, preparando o terreno para um novo capítulo da aviação urbana. A Embraer fortalece ainda mais seu papel como embaixadora do Brasil na economia global, disputando espaço em setores estratégicos como defesa, agronegócio e transporte executivo.

3. iFood

Mais do que um aplicativo de entrega, o iFood construiu um império logístico que conecta restaurantes, supermercados, farmácias e clientes em tempo recorde. Apoiado pelo capital robusto da Prosus, o grupo adota uma gestão estratégica agressiva que ampliou seu domínio no setor de delivery e agora avança para o varejo. A aquisição da CRM Bônus, que atua em programas de fidelidade e benefícios, sinaliza o movimento para construir um ecossistema próprio de consumo, com dados e inteligência integrada. Presente em mais de mil cidades brasileiras, o iFood dita o padrão de conveniência urbana, influenciando hábitos de consumo e transformando a forma como os brasileiros se relacionam com alimentação e compras diárias.

2. Mercado Livre

O Mercado Livre se tornou sinônimo de comércio eletrônico no Brasil. Com uma rede logística própria e uma das mais sofisticadas da América Latina, a companhia consegue entregar em prazos ultra rápidos, muitas vezes no mesmo dia. O investimento anual de mais de R$ 30 bilhões no país não é apenas em tecnologia e centros de distribuição, mas na construção de uma verdadeira infraestrutura que conecta a indústria ao consumidor final. O braço financeiro, Mercado Pago, se transformou em motor de crescimento, oferecendo soluções que vão de meios de pagamento a crédito e investimentos, rivalizando com bancos tradicionais. Mais do que um marketplace, o MELI já se posiciona como parte essencial da engrenagem do varejo brasileiro.

1. Nubank

O Nubank deixou de ser uma fintech para se tornar um fenômeno global. Maior banco digital do mundo, já superou em valor de mercado instituições tradicionais como o Banco do Brasil. Seu cartão roxo virou ícone cultural, e a estratégia de comunicação direta e transparente construiu um relacionamento íntimo com mais de 100 milhões de clientes. Com múltiplas frentes de monetização, que vão de seguros a viagens, passando por crédito, investimentos e até telecomunicações, o Nubank redefine o conceito de banco. Tech, rápido, acessível e desejado, ele representa a transição da nova economia, em que serviços financeiros se tornam plataformas integradas de estilo de vida.