Champions League: o jogo que acontece dentro e fora de campo

A final da Champions League é um território simbólico muito maior que o futebol. A taça continua em disputa, mas o jogo que realmente importa acontece nas bordas invisíveis do campo.

Neste sábado, 31 de maio, o Allianz Arena, localizado em Munique, será o palco da final da UEFA Champions League 2025. Em campo, Paris Saint-Germain e Inter de Milão disputam o título europeu. 

Impacto econômico 

Com capacidade para 75 mil espectadores, o estádio alemão deve gerar aproximadamente €80 milhões apenas com bilheteria e hospitalidade premium. Pacotes de camarotes ultrapassam €5.000 por pessoa e foram disputados por patrocinadores, celebridades e executivos de grandes corporações.

Munique estipula arrecadar €65 milhões somente durante o fim de semana da final. A previsão é de que mais de 150 mil turistas transitem pela cidade, movimentando os setores de hospedagem, transporte, gastronomia e entretenimento.

PSG e Inter: a disputa começa nos bastidores

A diferença entre os dois finalistas também se revela nos bastidores. O PSG lidera a Europa com uma folha salarial de €728 milhões anuais, contra €230 milhões da Inter de Milão. O clube francês também domina em patrocínios: Qatar Airways investe €70 milhões anuais no patrocínio master, e a Nike contribui com mais €80 milhões por ano. Na Inter, os valores giram em torno de €25 milhões em cada uma dessas frentes.

Munique: palco de campeões inéditos

Historicamente, Munique tem sido um cenário propício para conquistas inéditas na Champions League. Em todas as quatro finais anteriores realizadas na cidade, o título foi conquistado por clubes que ergueram a taça pela primeira vez, como o Chelsea em 2012 e o Borussia Dortmund em 1997. Essa tradição adiciona uma camada extra de expectativa para o confronto da final. 

Mais que um jogo: o futebol como vitrine de poder

Mais do que um título, o que está em disputa é uma narrativa de poder, gestão e influência. De um lado, o PSG, moldado por investimentos geopolíticos e ambição global. Do outro, a Inter, que aposta na tradição esportiva e na consistência de um futebol pragmático.

Independentemente do placar, fica a certeza: o futebol europeu não se limita aos 90 minutos. Ele movimenta economias, molda marcas e traduz o espírito de um tempo em que o esporte é, também, um imenso negócio. 

Com esses elementos, a final da Champions League 2025 se consolida como um evento que transcende o futebol, oferecendo uma experiência completa que une esporte, cultura e entretenimento em um único campo.