10 livros indispensáveis no Vale do Silício
Por Laura Dubugras
Manuais práticos que orientam estratégia, estimulam a criatividade, repensam a longevidade e oferecem novas formas de interpretar o mundo.
17 de set. de 2025
Em cafés, conselhos de administração ou nas conversas entre fundadores, certos títulos já se firmaram como clássicos, enquanto outros conquistaram espaço mais recentemente. No Vale do Silício, essas obras vão além da simples referência: tornaram-se manuais práticos que orientam estratégia, estimulam a criatividade, repensam a longevidade e oferecem novas formas de interpretar o mundo.
Laura Dubugras selecionou dez títulos indispensáveis para quem busca compreender a mentalidade do Vale do Silício. Confira quais são eles.
7 Powers — Hamilton Helmer
Muito citado no podcast mais queridinho do Vale do Silício, o Acquired. Helmer define sete “poderes” que sustentam vantagens competitivas duradouras (marca, escala, contradição de processos, etc.). Quando vão fazer uma análise de uma empresa, eles citam qual dos 7 poderes essa empresa possui.
The Innovator’s Dilemma — Clayton Christensen
A “bíblia” da disrupção. Mostra como empresas excelentes perdem espaço para tecnologias inicialmente “piores”, mas que atendem novos públicos e depois escalam. Seu livro seguinte é quase um manual prático: ou você disrupta, ou aprende a se proteger como incumbente.
Generations — Jean M. Twenge
Leitura favorita de Patrick Collison, fundador do Stripe. Analisa cada geração, desde a Silent até a Z, mostrando padrões psicológicos e sociais. É leitura obrigatória para quem constrói produtos que precisam dialogar com diferentes idades.
Dopamine Nation — Anna Lembke
A psiquiatra de Stanford investiga como a busca por recompensas digitais e químicas nos deixa frágeis. Explica o circuito dor-prazer, compulsão e abstinência, ensinando práticas de “balanceamento”.
Thinking, Fast and Slow — Daniel Kahneman
O clássico sobre nossos dois sistemas de pensamento: Sistema 1 (rápido, intuitivo) e Sistema 2 (lento, analítico). Essencial para quem toma decisões em produto, investimentos e hiring. Ajuda a desenhar experimentos mais rigorosos e a desconfiar de certezas sedutoras.
On the Edge — Nate Silver
Do criador do FiveThirtyEight. Silver revolucionou previsões eleitorais em 2008 com métodos estatísticos originais. Aqui, mistura política, poker e estatística em uma análise brilhante sobre risco e apostas. É leitura cult no Vale.
The Creative Act — Rick Rubin
O lendário produtor (Adele, RHCP, Kanye) afirma não saber nada de música — mas sabe tudo de criatividade. Um livro que ultrapassa a indústria musical, oferecendo princípios para qualquer um que queira viver de forma criativa.
Outlive — Peter Attia
Hoje em dia, mais do que viver mais, o importante é viver melhor. Attia argumenta que nutrição importa, mas exercício importa mais. O último capítulo emociona os leitores, virando um clássico instantâneo para fundadores obcecados com longevidade.
The Righteous Mind — Jonathan Haidt
Por que pessoas boas discordam em política e moralidade. Haidt compara nossa mente a um elefante (instinto) guiado por um cavaleiro (razão) que acha que está no controle. Filosófico e provocador, é referência para pensar cultura e polarização.
The 48 Laws of Power — Robert Greene
Um manual cru das dinâmicas de poder: reputação, timing, alianças e manipulação. Considerado “perigoso” porque suas lições podem ser usadas de forma questionável. Dizem que Greene hoje discorda de algumas leis, mas ainda é leitura obrigatória para entender o jogo social e político.