As maiores pistas esquiáveis do mundo

Um roteiro pelas pistas mais longas: das linhas glaciais de Chamonix à imensidão canadense

14 de nov. de 2025

Vallée Blanche — Chamonix, França

Skiing the Vallee Blanche | Chamonix Guides

Nenhuma descida representa Chamonix tão bem quanto a Vallée Blanche. É um itinerário glacial e não uma pista preparada, mas se consolidou como a maior descida contínua do mundo. Partindo do Aiguille du Midi (3.842 m), o trajeto atravessa um cenário de seracs e fendas que exige guia e conhecimento técnico, mas recompensa com um percurso monumental — entre 20 e 24 quilômetros, dependendo do ponto de chegada, seja Montenvers ou o próprio centro da cidade.

Klein Matterhorn > Valtournenche — Suiça e Itália

A travessia que liga o topo esquiável mais alto da Europa (3.883 m) ao vale italiano de Valtournenche é uma das rotas mais impressionantes dos Alpes. Considerada por muitos a pista vermelha mais longa do mundo, ela soma 21 a 22 quilômetros contínuos, com vista para o Matterhorn e um desnível que ultrapassa os 2.300 metros. Poucas descidas oferecem uma sensação tão clara de mudança de país, altitude e paisagem em um único percurso.

La Sarenne — Alpe d’Huez, França

Do topo do Pic Blanc (3.330 m), a Sarenne é tudo o que uma pista preta deve ser: extensa, variada e exigente. Foram necessários anos para que Alpe d’Huez transformasse esse corredor natural em sua assinatura — 16 quilômetros de descida ininterrupta que começam em terreno aberto e terminam em um estreito desfiladeiro. É a pista preparada mais longa do mundo, e uma das mais emblemáticas dos Alpes franceses.

Ski Road — Bansko, Bulgária

No Leste Europeu, Bansko criou uma trajetória improvável: transformar uma pista de retorno ao vilarejo em uma das descidas mais longas do continente. A Ski Road, com 15 a 16 quilômetros, serpenteia pela floresta e conecta o domínio esquiável à base da montanha em um percurso acessível, contínuo e democrático. É uma experiência menos técnica do que as grandes rotas alpinas, mas igualmente marcante pelo desenho e pela fluidez.

Last Spike — Revelstoke, Canadá

Na Colúmbia Britânica, Revelstoke abriga uma das montanhas mais verticais da América do Norte — e sua pista mais emblemática, a Last Spike, faz jus à reputação. Com 15,2 quilômetros, é a descida preparada mais longa do continente. Trata-se de uma pista verde, fluida e extensa, que conecta o topo ao sopé em um trajeto constante, sem rupturas. É o tipo de descida que revela a escala canadense: vastidão, silêncio e neve ilimitada.

Schwarze Schneid — Sölden, Áustria

Em Sölden, a descida que parte do glaciar Schwarze Schneid sintetiza a força do esqui austríaco: altitude elevada, neve constante e um traçado longo e progressivo até o vale. São 14 a 15 quilômetros, combinando trechos de glaciar, pistas amplas e passagens mais estreitas em direção ao vilarejo. É uma das descidas mais longas e clássicas do Tirol — e frequentemente citada como a maior da Áustria.