O suco verde que virou lifestyle carioca

Por Andre Dalem

A marca carioca que transformou o ato de tomar suco verde em um statement cultural, com estética própria e ambições de expansão global.

1 de set. de 2025

Por trás do crescimento acelerado da Jui, marca fundada por Andre Dalem e Felipe Alda, não está apenas a fórmula de um produto saudável, mas a construção de um lifestyle. Criada em 2023, a Jui nasceu da percepção de que a rotina corrida exigia soluções práticas, porém prazerosas, algo que fosse além da ideia de que saúde precisa ser um sacrifício.

Da dor pessoal ao produto escalável

O insight não veio de uma obsessão fitness. Andre, que morava em Miami e conciliava a carreira em banco com uma startup de cannabis, percebeu que sua alimentação resumia-se a arroz com ovo levado em marmitas. Foi o sócio quem o alertou: faltava verde na sua rotina.

“Nunca foi um hábito pessoal, foi uma necessidade. Eu sabia que precisava, mas não tinha tempo ou disposição para fazer suco verde em casa. Quando percebi que essa dificuldade era minha e de tanta gente, vi uma oportunidade real”, conta Dalem.

O retorno ao Brasil foi imediato e, da vontade de transformar uma carência cotidiana em solução prática, nutritiva e, sobretudo, gostosa, nasceu a Jui: o primeiro suco verde em pó lançado no Brasil. Em uma única dose, a marca reúne uma combinação de greens e superfoods, além de vitaminas, minerais, fibras prebióticas e antioxidantes.

Além do suco: uma estética carioca

Desde o início, a Jui se posicionou com um discurso claro: saúde precisa ser interessante. Da embalagem ao tom de voz, tudo é construído para reforçar uma estética urbana, solar e ousada, inspirada no espírito carioca.

“Queríamos que o momento juicy fosse o highlight do dia. Nosso compromisso é que cada detalhe, da cor do líquido ao design, esteja conectado a esse lifestyle cool, jovem, prazeroso”, explica.

O feed da marca reforça esse imaginário: influenciadoras de moda, beleza, lifestyle e fitness ajudam a comunicar que Jui não é apenas suplemento, mas estilo de vida.

Aprendizados de quem empreende

Os erros iniciais serviram como marco. Um deles aconteceu no primeiro verão, quando a marca ficou semanas sem estoque, incapaz de acompanhar a demanda sazonal. Outro, ao apostar que a entrada de influenciadores como sócios seria determinante para o sucesso.

“Perdemos meses nessas conversas. No fim, entendemos que nós mesmos deveríamos ser a cara da Jui. Isso trouxe autenticidade e conexão real com o público.”

Produtos, sabores e novos formatos

A expansão do portfólio acontece de forma deliberadamente lenta. Para a marca, cada sabor precisa ser uma experiência prazerosa, capaz de conquistar inclusive quem rejeita verduras.

Entre os lançamentos está o Travel Pack, que são sachês individuais que reforçam a praticidade da proposta, além de um novo sabor ainda em 2025 e outro já previsto para 2026.

O futuro: collabs, flagship e cultura

Se celebridades já aparecem entre os clientes, a história que Dalem mais gosta de contar é de sua avó, de 98 anos:

“Ela sempre teve paladar infantil, nunca gostou de verduras. Mas a Jui entrou na rotina dela de um jeito natural. Ver minha avó tomando todos os dias é mais marcante do que qualquer famoso.”

Quando o assunto é expansão, a primeira flagship teria endereço certo: Rio de Janeiro. “A Juí é uma marca carioca com muito orgulho. Nossa identidade é urbana, solar, divertida, assim como o carioca.”

E as colaborações dos sonhos? Dalem prefere manter segredo, mas adianta que a próxima será “simbólica, atravessando gerações, indo além de produto e marketing, tocando em identidade e pertencimento”.

Por fim, ressalta Andre: ‘’Não se trata apenas de vender saúde, mas de propor um jeito de viver uma vida mais juicy: mais gostosa, mais sexy. Não adiantaria nada ser saudável se não fosse prazeroso.’’